FAMBRAS participa das negociações para a retomada de exportações para o mercado árabe
O presidente Mohamed Zoghbi esteve na Árabia Saudita, integrando a comitiva brasileira chefiada pelo ministro da Agricultura Neri Geller. Os representantes brasileiros se reuniram, no último domingo (09/11), com Fahd Bin Abdulrahman Balghunaim, ministro da Agricultura Saudita e com Mohammed Bin Abdulrahman Al Meshal, CEO da Saudi Food and Drug Authority (SFDA), autoridade do país árabe para importação de produtos agropecuários.
A visita teve como objetivo suspender o embargo à importação de carne bovina brasileira imposta pelo governo saudita. Após a reunião ficou definido que, a retomada das importações será concluída depois de uma visita técnica ao Brasil, das autoridades da Árabia Saudita, que deve acontecer até o fim do mês de novembro.
O site do Ministério da Agricultura do Brasil define a decisão Saudita como: estratégica para a produção de carnes do Brasil, tanto pelo volume, que pode acrescer às vendas do setor, quanto pela possibilidade de abertura imediata de outros mercados do Golfo Pérsico como Kuaite, Bahrein, Omã, Emirados Árabes Unidos e Catar, ampliando a pauta atual. Em 2012, antes do embargo, o Brasil exportou cerca de US$ 200 milhões (mais de 33 mil toneladas) em carne bovina para a região do Golfo.
De janeiro a outubro deste ano, as vendas do agronegócio do Brasil para o país árabe registram um volume de U$$ 1,75 bilhão, com destaque para a carne de frango, com negociações em torno de US$ 1,04 bilhão – o mercado brasileiro é a origem de 75% das importações de frango da Arábia Saudita. Em segundo e terceiro lugares na lista de maiores embarques estão, respectivamente, o setor sucroalcooleiro, com US$ 377 milhões, e o complexo soja (soja em grãos), com US$ 149 milhões.
Este desempenho reafirma o resultado verificado em 2013 quando as vendas para a Arábia Saudita registraram um total de US$ 2,49 bilhões em produtos agropecuários. A liderança ficou com a carne de frango (US$1,41 bilhão), seguida pelo complexo sucroalcooleiro (US$ 481 milhões). A relação comercial entre os dois países registra também participação expressiva nas vendas de milho que, em 2013, fecharam em 1,1 mil de tonelada.