Juntos pelo Islam
Na última quarta-feira,1, a FAMBRAS recebeu a visita de Cesar Kaab Abdul, fundador da Associação Beneficente Islâmica de Embu das Artes, ABI, e idealizador da mussala Rahmah, Cristiano Moraes Munir, também representante da mussala, acompanhados por Mohamad Ghassan Taha, integrante da comunidade da mesquita de Santo Amaro.
Eles conheceram o trabalho desenvolvido pela Federação, acompanhados pelo Vice-presidente da instituição, Ali Zoghbi, pelo Diretor de Assuntos Religiosos, Sheikh Khaled Taky El Din, e pelo Sheikh Yussufo Ahmad Omar, orientador religioso.
O encontro estreitou os laços entre as entidades e, mais uma vez, resultou em prospecção de trabalhos conjuntos. César, revertido há oito anos, fundou a mussala Rahmah em 2013, com o intuito de levar informações sobre o Islam para comunidade de Embu. “Antes não tinha essa demanda, mas ela passou a existir depois da criação do projeto”, explica.
César já era um líder comunitário bastante influente e, após a reversão, causou curiosidade: “A mudança de condutas foi chamando a atenção das pessoas, elas foram adentrando, se revertendo. Quando eu tive a dimensão disso já tinha crescido muito, e não tinha um espaço adequado para elas. Foi aí que surgiu a ideia de montar a mussala” diz ele. Hoje, o grupo que frequenta o espaço tem cerca de 20 pessoas, homens e mulheres. Mas o número varia, já que Embu das Artes é uma cidade turística e vez ou outra os visitantes vão até lá para rezar.
A distância, segundo César, também foi um fator determinante para a criação da Rahmah: “Nós criamos o espaço exatamente por não ter o Islam mais próximo. A gente leva em torno de três horas para chegar de ônibus em uma mesquita, atravessamos a cidade”.Ele aponta, por esse motivo, o engajamento das entidades no trabalho com as periferias. “Conforme o número de muçulmanos vai crescendo nas periferias, existe a necessidade das parcerias com as entidades. As pessoas vão querendo obter mais informações. Os Sheikhs estudam para passar a religião à frente, então é importante que eles saiam um pouco das mesquitas e vão aos lugares onde o Islam também está”.