Em carta direcionada ao presidente americano Joe Biden, FAMBRAS manifesta repúdio ao conflito no Oriente Médio e adverte para o crescimento da islamofobia

 

Documento foi entregue hoje (31) diretamente à Embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Elizabeth Frawley Bagley, que se comprometeu a entregá-lo ao líder americano

A Federação das Associações Muçulmanas do Brasil, como entidade representativa do Islam no país, entregou hoje (31) à Embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Elizabeth Frawley Bagley, uma carta endereçada ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, abordando o conflito que acontece no Oriente Médio.

No documento, assinado pelo presidente da entidade, Mohamed Zoghbi, foram apontados diversas questões que vêm preocupando a comunidade muçulmana brasileira. Uma delas, como não poderia deixar de ser, foi um manifesto enfático de repúdio ao conflito, que vem vitimando muitos inocentes, sobretudo crianças. “É inconcebível aceitar que um conflito que já poderia ter sido resolvido há tempos – e que já teve um plano aprovado pela Organização das Nações Unidas em 1947, por meio da Resolução 181 (que trata da criação do Estado de Israel e do Estado da Palestina) – siga sendo sistematicamente desrespeitado pelo Estado de Israel com o apoio de grande parte da comunidade internacional”, diz a carta.

A FAMBRAS pautou seu repúdio lembrando que a preservação da vida é uma premissa fundamental e inegociável para a religião islâmica. E que a preservação da paz, além da justiça social, também são defendidas pelo Islam.

De maneira enfática, a FAMBRAS advertiu, ainda, sobre a preocupação com o crescimento da islamofobia e lembrou seu trabalho, realizado há 44 anos, para esclarecer o que é o verdadeiro Islam e combater o preconceito contra os muçulmanos. “Todo grupo que comete atos violentos usando o Islam como justificativa jamais pode ser chamado de islâmico… Infelizmente, muitas vezes reforçada pela mídia e pela indústria do entretenimento, a narrativa de que o muçulmano é um inimigo e que age com violência vem se reforçando nos últimos tempos. E em contextos como o atual, ela ganha ainda mais força”.

Para ler a carta na íntegra: Nota de Repúdio