Exposição “Tesouros da Caligrafia Árabe” é aberta no Museu da Imigração, na capital paulista

Evento reuniu artistas dos Emirados Árabes Unidos (EAU) e autoridades da comunidade árabe residentes no Estado de São Paulo

Ontem (25), a Embaixada dos Emirados Árabes Unidos organizaram junto ao Museu da Imigração do Estado de São Paulo a exposição da caligrafia árabe, que ficará exposta até o dia 03 de setembro no próprio museu, localizado em São Paulo Capital. A mostra, intitulada “Tesouros da Caligrafia Árabe”, é uma iniciativa dos EAU e tem por objetivo estreitar laços com o Brasil; evento conta com o apoio da Federação das Associações Muçulmanas do Brasil – FAMBRAS.

O lançamento da mostra, intitulada “Tesouros da Caligrafia Árabe”, foi marcado por uma cerimônia realizada para os convidados às 10h no auditório do Museu da Imigração. O momento de celebração pode ser definido como uma ponte cultural entre tradição e contemporaneidade. Ao todo, dezenas de obras que retratam tal forma de escrita estão expostas em dois ambientes do prédio.

As obras foram produzidas por três artistas emiradenses. Khalid Ali Al Jallaf, presidente da Sociedade dos Emirados para Caligrafia Árabe e Ornamento Islâmico, e Maryam Al Balooshi e Fatmah Salem Rashed Aldhanhani, estavam presentes no evento. Eles acompanharam de perto a reação dos primeiros admiradores da mostra, que se encantaram com a elegância das formas e técnicas utilizadas para a composição da escrita árabe.

Falando de como é o processo de produção da caligrafia para si, Maryam Al Balooshi mostrou paixão e zelo ao relatar seu trabalho. “Primeiro, o começo deste trabalho pertence há um tempo. Em 2015 mudei meu estilo, faço texturas em caligrafia porque amo histórias em mensagens. Mas tudo depende do contexto, da situação, então minha única peça de trabalho é conhecimento daquilo que estou escrevendo; é sentir”.

Além da exposição, o lançamento ainda contou com outras atividades durante sua ocorrência. O Corte da Fita marcou a inauguração da sala onde os quadros que retratam a escrita árabe ficarão expostos. Outro momento importante aconteceu no auditório, com personalidades falando sobre a importância da caligrafia e da relação cultural árabes e brasileiros. E também os convidados levaram para a casa o próprio nome escrito no idioma oriental em papel timbrado.

Em sua fala, Vanessa Costa Ribeiro, coordenadora da Unidade de Preservação do Patrimônio Museológico da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativa, abordou o valor da exposição para a cidade de São Paulo. “É reforçar a parceria que já está sendo executada com a comunidade árabe. A caligrafia árabe é uma arte que encanta todo o Ocidente, e aqui em São Paulo temos a influência dessa cultura por meio dos descendentes, então é necessário valorizar”.

“Isso é mostrar a nossa história. Isso é mostrar a nossa cultura. Isso é mostrar a nossa origem. Eu acho esse evento primordial par que os brasileiros, que não é só São Paulo, porque essa exposição vai passar por outros estados, tenham uma noção clara e saibam da importância desta escrita”, expressou o presidente da FAMBRAS Dr. Mohamed Zoghbi durante entrevista, fornecendo outro motivo para a realização da mostra.

 

A exposição “Tesouros da Caligrafia Árabe” ainda contou com um workshop, realizado no sábado pós-evento, ministrado pelos artistas emiradenses, e com outras atividades pedagógicas que devem ser executadas até o próximo dia 03 de setembro, o que inclui uma visita de acadêmicos da Universidade de São Paulo (USP) à mostra. Visitantes podem acessar a exposição adquirindo ingresso; mais informações no https://museudaimigracao.org.br/.

Também estiveram presentes no evento, além dos citados nesta matéria, o Embaixador dos Emirados Árabes Unidos, Sr. Saleh Ahmad Alsuwaidi, o Cônsul-Geral dos Emirados Árabes Unidos, Abdalla Yousif Abdalla Shaheen, Henrique Trindade, analista de pesquisa do Museu da Imigração, o diretor da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB), Riad Younes, entre outras personalidades.

O evento recebeu apoio institucional da FAMBRAS e da CCAB. O representante dos Emirados Árabes Unidos classificou o momento como um “intercâmbio cultural”, se referindo às boas relações entre Brasil e Emirados Árabes Unidos.

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