Encerramento do curso “O Mundo Islâmico” tem palestras sobre finanças islâmicas e fundos soberanos

O quarto e último dia do curso “O Mundo Islâmico: oportunidades e desafios para a agropecuária no Brasil” aconteceu na manhã desta terça-feira (25).  Esta edição contou com 950 inscritos e foi fruto da parceria entre a Federação das Associações Muçulmanas do Brasil – FAMBRAS e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), com o apoio da Academia Halal do Brasil e da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB).

Profissionais do setor agropecuário, do segmento agroexportador, funcionários do serviço público, das áreas de comércio exterior e diplomacia, imprensa e acadêmicos, entre outros interessados no tema, puderam descobrir ou se aprimorar em diversos assuntos relacionados ao mundo islâmico.

A programação contou com a experiência de renomados estudiosos do tema, profissionais do setor privado, governo federal e diplomacia brasileira. Os módulos escolhidos para o encerramento do curso foram “Banca Islâmica e as principais características das finanças islâmicas” e “Fundos soberanos de países Islâmicos: investimentos diretos e financiamentos para o agronegócio no Brasil”, apresentados, respectivamente, pela Dra. Ângela Martins, representante principal e gerente para América Latina do First Abu Dhabi Bank, e pela Dra. Yana Dumaresq, secretária especial adjunta de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia do Brasil.

Ângela Martins iniciou a primeira palestra do dia com explicações sobre a criação da banca islâmica e os princípios dessa indústria financeira. Ela apontou as diferenças entre um banco convencional e um banco islâmico e ressaltou o crescimento dessa indústria – que conta com 1500 unidades, em 61 países e administra US$ 2 trilhões. “Nas práticas financeiras islâmicas, os bancos são parceiros do cliente. Valorizam questões éticas do Islam – como não cobrar juros e compartilhar riscos, por exemplo – e podem ser relevantes na relação de compra e venda entre o Brasil e os países islâmicos”.

Durante a apresentação da Dra. Yana Dumaresq, foram destacados os modos de atuação dos fundos soberanos de países islâmicos e as oportunidades de investimento. Yana abordou o impacto das alterações regulatórias setoriais no agronegócio brasileiro e informou que o Ministério da Economia segue avançando nos acordos de cooperação com a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo).

Encerramento do curso

A cerimônia de encerramento do curso “O Mundo Islâmico” contou com a presença de representantes das instituições organizadoras do curso: o presidente da FAMBRAS, Dr. Mohamed Zoghbi; o presidente da Câmara do Comercio Árabe-Brasileira, Dr. Rubens Hanun; o diretor geral da Academia Halal, Dr. Ali Zoghbi; e a Superintendente de Relações Internacionais da CNA, Lígia Dutra.

Todos agradeceram pela oportunidade de participar de uma iniciativa como essa e lembraram a importância dos temas abordados para o desenvolvimento da agropecuária brasileira.

Em nome do presidente da CNA, Dr. João Martins, a Superintendente de Relações Internacionais, Lígia Dutra, parabenizou todos os envolvidos e falou sobre parcerias futuras. “O curso foi surpreendente. O número de inscrições demonstra a qualidade das palestras e também mostra a força do agronegócio brasileiro”, afirmou.

O presidente da FAMBRAS, Mohamed Zoghbi, demonstrou sua satisfação com mais uma edição do curso e reforçou alguns pontos importantes destacados nas palestras. “Espero que o conhecimento compartilhado no curso por palestrantes tão competentes sirva para que os produtores de alimentos brasileiros levem seus produtos para o mercado islâmico”, declarou.

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