FAMBRAS homenageia jovem advogado que viveu entre os refugiados na Europa e Oriente Médio

A FAMBRAS, Federação das Associações Muçulmanas do Brasil, homenageou o jovem advogado paulistano Edgard Raoul Gomes Neto por um feito que pode ser considerado inédito: ele largou o conforto, uma carreira promissora – ou como diz, “tudo o que faz parte da vida de um pequeno burguês” – para juntar-se aos refugiados que sofrem e padecem na Europa e no Oriente Médio. Não foi apenas prestar assistência, mas sim, viver como eles vivem, comer o que comem, dormir onde dormem para literalmente sentir na pele o que é ser um “sub-humano”.

Foi a dor destas pessoas – que passou a doer em Edgard também – que o motivou a ir até elas. “Os refugiados são invisíveis. São um número, uma estatística. São pessoas sem poder de escolha. E isso dói mais na alma do que a fome e o frio”, diz o jovem.

O primeiro trecho da rota de Edgard aconteceu entre novembro e dezembro de 2015, na Rota Balcânica – começou na Grécia e terminou na Alemanha. O segundo foi no Oriente Médio – onde permaneceu por quatro meses – e passou pela Palestina, Jordânia, Líbano, Síria e Emirados Árabes.

De acordo com o jovem, seu objetivo, já relatado à ONU e outras instituições internacionais, é mostrar que só pode entender o que é opressão quem é ou já foi oprimido. “Não basta só mandar ajuda humanitária. Os Direitos Humanos não se sobrepõem aos interesses econômicos – que são geradores de exclusão.”

Segundo Edgard, esse contexto criou duas categorias: os humanos e os sub-humanos, na qual os refugiados se enquadram. “Essas pessoas querem fugir da ação imperialista em seus países de origem. Querem dignidade, novas oportunidades. Não estão felizes por deixarem sua pátria. E o mínimo que as grandes nações deveriam fazer é recebê-los”.

O Vice-presidente da FAMBRAS, Prof. Ali Zoghbi, apresentou e colocou a Federação à disposição de Edgard, afirmando que ele “é um exemplo para os jovens, ainda mais em tempos onde falta humanismo em todo o mundo”. “Queremos atribuir valor a quem merece ser valorizado e não prestar homenagens por vaidade ou questões estratégicas. Edgard, na prática, atuou como pede o Islamismo: ajudando o próximo e disseminando a paz”.

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