Começou! Primeiro módulo do curso “O Mundo Islâmico” tem centenas de participantes

O tema desta primeira semana foi “Conhecendo o Consumidor Muçulmano”; participantes puderam tirar dúvidas sobre os assuntos apresentados nas aulas

Começou ontem (17) a quarta edição do curso “O Mundo Islâmico” com o tema “Brasil e o Mundo Islâmico – parceria comercial com expectativa de crescimento”. A iniciativa é uma parceria da Federação das Associações Muçulmanas do Brasil – FAMBRAS com a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA. Durante o primeiro módulo, o comportamento do consumidor e a influência do agro no mercado islâmico foram os temas discutidos pelos docentes.

São objetivos do curso o aprimoramento da prática profissional e empresarial, incentivo ao setor produtivo brasileiro para as oportunidades e as relações de comércio internacional, além de apresentar oportunidades práticas em importação e exportação para o mercado islâmico.

Nesta primeira semana, os professores foram Ali Zoghbi, vice-presidente da FAMBRAS, Alessandra Frisso, sócia-diretora da HR2 Pesquisas, e Rodrigo da Mata, coordenador de promoção comercial internacional e atração de investimentos estrangeiros no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. E a programação foi coordenada por Delduque Martins, diretor-geral da International Halal Academy, e por Elena Castellani, assessora da Diretoria de Relações Internacionais (DRI) da entidade sindical.

Foto: CNA

“A população muçulmana está bem espalhada por todos os cantos do planeta, se comportando conforme os princípios da religião do Islam até no consumo de produtos, seja alimentos, bebidas, cosméticos, medicamentos ou roupas. Logo é fundamental que vocês, membros do setor produtivo brasileiro, conheçam a cultura, a religião e os costumes sociais dos membros da comunidade muçulmana”, disse Ali Zoghbi.

Apresentando outro panorama a respeito do consumo por parte do público muçulmano, Alessandra Frisso pontuou que, “Estamos falando de valores universais, que visam à responsabilidade social. Isso está atrelado à Agenda ESG (Environment, Social and Governance), que engloba uma série de ações e pretende alcançar diversos resultados, principalmente aqueles que respeitam a vida humana. E um dos meios para se chegar a tal, é por meio do exercício da diversidade intelectual”.

“O Agro.BR, um dos programas da CNA, tem o papel de evidenciar o produto brasileiro a outros mercados, inclusive o islâmico. Resumindo a nossa atuação, na prática, é formalizar conexões mercadológicas e mostrar aos compradores e investidores do mercado Halal a qualidade de uma carne brasileira, de açaí brasileiro, entre outros”, abordou Rodrigo da Mata, fechando o ciclo de explanações da primeira quinta-feira de curso.

Perguntas sobre a visão estratégica para o mercado vegano e fast food e sobre como dar espaço aos produtos Halal nas prateleiras brasileiras, entre outras, colaboraram com as discussões extraindo dos docentes, novas análises e informações acerca dos assuntos comentados.

Com base em recentes estudos, o mercado muçulmano está estimado em 1,9 bilhão de consumidores, indicando que a cada três pessoas, uma será muçulmana até 2060. Boa parte deste mercado ainda é encontrado, além do Oriente Médio e Norte da África, na China, Rússia, Japão e no próprio Brasil.

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