Vice-presidente da FAMBRAS participou de palestra na Universidade Anhembi Morumbi
Aconteceu ontem, dia 8, a palestra “Relatos e reflexões sobre a caminhada de refugiados”, organizada pela Universidade Anhembi Morumbi
O debate faz parte da IV Semana de Relações Internacionais, do Campus Vila Olímpia, evento anual promovido pela instituição de ensino. Durante a discussão, o vice-presidente da FAMBRAS, Ali Hussein El Zoghbi, contou um pouco sobre as ações realizadas pela Federação, como o Islam Solidário, o curso O Mundo Islâmico e o “E eu, onde fico?” – Fórum para imigrantes e refugiados no Brasil, realizado no mês de setembro, no MASP e tirou dúvidas dos quase 200 alunos e professores presentes.
“Existem 98 associações muçulmanas no Brasil, e nós, da FAMBRAS fazemos questão de contribuir para a ajuda dessas instituições. São elas que fazem o acolhimento desses imigrantes e refugiados que aqui chegam e, a partir dos nossos programas de inclusão, estamos contribuindo para o bem-estar dessas pessoas. Nosso objetivo é desmistificar a imagem do refugiado, do muçulmano e extinguir essa relação que muitas vezes ocorre sobre um muçulmano com o Daesh”, afirma Zoghbi.
Zoghbi explica a importância crucial das mesquitas na integração desse imigrante que aqui chega. “São elas que fazem todo o apoio psicológico dessa pessoa. Cada caso é diferente, é claro, por isso devemos dar muita atenção e cuidado para essa pessoa que acabou de chegar. Essa é a verdadeira essência do Islam”.
Durante a discussão, foi possível divulgar as futuras intervenções da FAMBRAS, como ações solidárias exclusivamente para refugiados que vivem na região central de São Paulo, e a continuação do projeto “E eu, onde fico?”, para que os cidadãos brasileiros tenham cada vez mais conhecimento sobre esse tema tão importante.
Entre 2010 e 2014 as solicitações de refúgio recebidas cresceram cerca de 1.500%. De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para refugiados no Brasil (ACNUR), só neste ano, já foram registrados cerca de 10 mil refugiados no país. Com esse cenário atual, é fundamental que ações não só para ajudar as pessoas refugiadas, mas também para dar embasamento à sociedade sobre a realidade dessas pessoas, continuem acontecendo.